O Lenço Branco de Adeus
Vieste: — horas tais, da Terra, do infinito?!
Tua palavra celeste enfeitou o espaço,
gritei teu nome lírico; um pedaço
de ti: - Ouviste o eco do meu grito!
— Ah! Mundos desiguais! Avancei um passo,
mas tudo é igual no mundo dos malditos.
Disseste-me: — Vai, pois tudo está escrito...
- Ah! Nunca mais! Nunca terei o teu abraço!...
Nas horas fatais, frias e sem nexo,
Tenho na fome o gosto do teu sexo!...
— Nunca terei a luz do teu lampadário!...
Sou numeral na cova das escórias,
jamais sentirei o doce da vitória
e não haverá relatos no meu diário!...
Ribeirão Preto, 26 de setembro de 2004.
12h00 min.
Vieste: — horas tais, da Terra, do infinito?!
Tua palavra celeste enfeitou o espaço,
gritei teu nome lírico; um pedaço
de ti: - Ouviste o eco do meu grito!
— Ah! Mundos desiguais! Avancei um passo,
mas tudo é igual no mundo dos malditos.
Disseste-me: — Vai, pois tudo está escrito...
- Ah! Nunca mais! Nunca terei o teu abraço!...
Nas horas fatais, frias e sem nexo,
Tenho na fome o gosto do teu sexo!...
— Nunca terei a luz do teu lampadário!...
Sou numeral na cova das escórias,
jamais sentirei o doce da vitória
e não haverá relatos no meu diário!...
Ribeirão Preto, 26 de setembro de 2004.
12h00 min.