O sem querer do bem querer
Edson Gonçalves Ferreira
Tuas faces são musicais para meus toques amorosos,
Com elas vôo entre o inferno e o céu
E o não poder pedir tuas mãos...
Como é difícil não ler Castro Alves ao beijar teus lábios!
E, assim, o gosto da tua boca tem gosto de sangue,
A luta para ficares comigo e eu contigo
E o céu contra nós...
Ai, meu amor idolatrado,
Eu queria te matar de paixão!
E foges, e foges, e foges para o perto longe de mim,
E escondes, e escondes a tua verdadeira ternura.
E te procuro para te amar sob a lua e as estrelas,
Sim, como sempre o fizemos,
Tendo somente os astros distraídos como testemunhas
E sofrendo como um poeta romântico, não te encontro
Mas, mesmo assim, a ti, animal, não desisto de ter...
Tu, meu anjo querido, és minha noite, meu dia
És a esperança e a desesperança total.
Toda nossa igualdade reflete a maior das violências
E te amo com um amor desamado de mim que cansa,
E nem sob a lua tonta repouso,
Te procuro pra te fazer majestade e me perco.
Pode um amor ser assim tão sublime e desafortunado,
Responde, meu bem-querer?
Quando, paixão da minha vida, a tua voz, enfim, me chega quente
Tão quente pelo fio canal eletrônico, apaziguo.
Mas voa rápido demais o pássaro branco,
E a solidão da tua ausente presença dói mais ainda,
A gente, amada, ficamos boba
E adolesce demais.
poema do livro “Retratos em pérola” (no prelo) e que consta do Manual de Redação, de autoria do próprio poeta.
Edson Gonçalves Ferreira
Tuas faces são musicais para meus toques amorosos,
Com elas vôo entre o inferno e o céu
E o não poder pedir tuas mãos...
Como é difícil não ler Castro Alves ao beijar teus lábios!
E, assim, o gosto da tua boca tem gosto de sangue,
A luta para ficares comigo e eu contigo
E o céu contra nós...
Ai, meu amor idolatrado,
Eu queria te matar de paixão!
E foges, e foges, e foges para o perto longe de mim,
E escondes, e escondes a tua verdadeira ternura.
E te procuro para te amar sob a lua e as estrelas,
Sim, como sempre o fizemos,
Tendo somente os astros distraídos como testemunhas
E sofrendo como um poeta romântico, não te encontro
Mas, mesmo assim, a ti, animal, não desisto de ter...
Tu, meu anjo querido, és minha noite, meu dia
És a esperança e a desesperança total.
Toda nossa igualdade reflete a maior das violências
E te amo com um amor desamado de mim que cansa,
E nem sob a lua tonta repouso,
Te procuro pra te fazer majestade e me perco.
Pode um amor ser assim tão sublime e desafortunado,
Responde, meu bem-querer?
Quando, paixão da minha vida, a tua voz, enfim, me chega quente
Tão quente pelo fio canal eletrônico, apaziguo.
Mas voa rápido demais o pássaro branco,
E a solidão da tua ausente presença dói mais ainda,
A gente, amada, ficamos boba
E adolesce demais.
poema do livro “Retratos em pérola” (no prelo) e que consta do Manual de Redação, de autoria do próprio poeta.