Veio ceder à passagem
O trem apita e invade o quarto
A luz ilumina as vestes suaves
O corpo delgado é silhueta do artista
O amor cede passagem aos transeuntes
No balcão lotado, espreita os preços
A viagem sossegada sobre os trilhos
O corpo sonolento é envolvente
A tarde cai rosa e serena
Os apitos não mais ressoam.
Dedicado ao amor.