Verões do meu amor
Bendito o que sempre pensei,
onde andam os nossos verões?
Uns por certo nas flores que te dei,
outros em retratos nos corações!
Talhados em magias estes carinhos,
vislumbraram tardes de nuvens ligeiras,
molharam-se e as flores dos caminhos,
com as quentes chuvas costumeiras!
Oh! Que breve existência passageira,
as asas do tempo carregam assim,
o meu amor, o céu e a poesia primeira,
apesar da ternura, tem olhos pro fim!
O céu verá tantas declarações de amor,
quantos viverão seus verões sem medo,
e enquanto sentir do beijo o molhado sabor,
para amar, ti amar, nunca, jamais será cedo.
XXEASXX