Não se envelhece com a mesma forma.
Das ilusões da vida eu esqueci,
de acordo com a vida vivi,
deixo aqui tudo explicado,
o que eu vivi no passado;
Correndo longe do que é errado,
tenho fé de ser em tudo perdoado,
penso no futuro um homem velho e cansado,
tudo passa ligeiro de acordo com as peneiras.
Os anos e os tempos estão contados
deixando no passado o que a ele pertence,
que ingrata a vida que estamos vivendo
e de muitas coisas nos esquecemos,
não existe mais os sofridos apenas as escolhas que fizemos.
Tudo passa, minha vida mais uma página virada
mesmo que amarelada
mais uma história lida, no livro de uma longa vida,
mais um canto, uma história dita
no grande final da desvalida!
É loucura esta vida cheia de aventura,
Emoções e aflições,
Passo a vida cicatrizando as feridas,
de pensar na hora da partida,
não sei recitar poesia
para dramatizar a fantasia.
Já tive em meus dias muita sorte,
mas quem foge da verdade da morte?
Morte eu me aborreço contigo,
pois me fere e me magoa, sou poeta e não vivi à toa,
pois esta vida ainda me é muito querida.
Eu só quero viver, mas se querer não é poder,
fico arrasado, triste e contrariado.
Oh morte não existe outra sorte?
Mas quem sabe eu vou mudar e na minha hora vou aceitar.
É coisa séria vou amar a morte da matéria, mantendo calma
não aceito que morra-me a alma,
que lembra da minha meninice,
morro mais tarde na velhice,
cabelo embranquece, o cansaço cresce.
A vida não é a mesma, acaba sua beleza,
a vaidade se transforma
não se envelhece com a mesma forma.