Soneto - A flor na sala, o perfume no leito!
Mulher que me assombra o coração e espiga minha alma.
És tu meu gramado verde; onde deito meus olhos de servo,
Na tua boca o mel e a calma chuva, que esfaimado sorvo.
Na lida; versejo versos, de canções antigas; primar de minha calma!
E tu comigo, no mesmo leito, que nas letárgicas noites espalma:
Meu corpo, minha calma imprecisa; desfeita no torvo
Desta vida, onde acabrunho e me desfaço em preces de estorvo!
Em nosso templo, tua presença é o legado da crença e a palma
Que santifica o lar que ostentas na tua fronte; cingida pela claridade
Da mulher; que no domínio, e a parte que me compõe em verso,
Sustento de minhas rimas, madona do cicio que me sopra liberdade.
No entusiasmo dos teus comezinhos, teço eu imerso
Na languidez de dias de sol e chuva, varais de cumplicidade,
Onde estendo meus segredos hostis e tu o fazes: Simplicidade!