Lirismo
Não sei se foi o Destino,
ou o Cupido Menino,
mas eis que bebo no Parnaso
a inspiração contida em vaso.
E recolho na travessia
todo resto de poesia,
e no verde frescor da fantasia
descanso alguma rima
enquanto o dia termina.
Há um exagero de prata
nessa Lua cheia.
Como os sonhos que se semeia
em todo jardim de aldeia.
Tudo te traz
e tudo se faz,
nessa noite de prata vestida
e de ternura vertida.
Faz-se outra vida.