Justamente
Justamente
Morava numa cidade
Um casal de grande felicidade
O homem tinha por nome Juca
E a mulher tinha por nome justa
Até o meio da convivência
Viveram em obediência
Juca obedecia à justa
Justa obedecia a Juca
Mais em um determinado momento
Eles tiveram um desentendimento
Justa se separou do marido
Para morar com um bandido
Inclusive queria da justiça
Uma lei feita para preguiça
Queria o dinheiro do ex
Para ser uma boa freguesa
Comprando e pagando o seu vício
Em troca de seu mau benefício
Juca se enfezou
Seus direitos então procurou
Falou com um advogado
Que era do assunto interado
O tal aceitou defendê-lo
Em troca de uma bola de pêlo
Cachorro de estimação
Que agora ia virar comissão
Como pagamento do advogado
Que estava interessado
O advogado de Juca
Falou com o mesmo de Justa
E aprovado por sua excelência
Marcaram o dia da audiência.
O dia tão esperado chegou
O casal na sala entrou
O advogado de Juca
Do outro já se desfez
Pois perder uma causa
Era sua escassez
Então vira entrar o maioral
No tribunal
A sua excelência, o juiz:
Doutor Juvenal
Colocou-se atrás de uma tribuna
Chumbada em cima de uma coluna
Então ordena com entendimento:
_Que se inicie o julgamento!
O advogado de Justa
Agora interroga seu Juca
Que muito bem se defende
Dos argumentos que o surpreende
O advogado de Juca, toma a palavra:
E interroga dona Justa
E ao fim de cada argumento dela
O juiz pergunta ao seu Juca:
_O que ela fala, o Sr. consente?
Juca respondia firmemente
_Justamente.
O julgamento assim procedeu
E o tribunal não entendeu
O porque que derrepente
Juca respondia justamente
Para uma mentira crescente
O julgamento terminou
O juiz deu ganho de causa a Justa
Que muito confusa
Foi desculpar-se a Juca
Por ter desabado uma gruta
Em um homem de boa conduta
Justa se arrependeu
Seu erro reconheceu
O caso acabou
E Justa a causa ganhou
Não importa se justa
Ou injusta.
Willian Allan Mesquita Pires