A Promessa

O que eu sei de mim,

o que eu compreendo de você?

O que posso falar desse frenesi,

dessa promessa que está a nos envolver,

e parece nos prender no mesmo anseio,

numa emoção com dia marcado,

que não se mede em nossas palavras, provocações,

que acelera este coração já devassado

e (mal) abrigado dentro de mim?

Nada sei de você, na verdade.

Nada sabes de mim, sinceramente.

Nada explica o nosso recíproco interesse,

que surgiu no mais claro de repente,

e o tempo só fez aumentar e estimular.

Meu grito está oculto em meu corpo,

à espera, sempre à espera de você,

de um jeito impensado e torto.

Quem sabe se a promessa será cumprida?

Quem sabe o que pode acontecer?

Estou à espera de um futuro distante,

da estranha esperança de ter e ser.

E, dessa promessa, nada espero a mais;

para que pedir o que não se pode ter?

Apenas quero que a promessa vire realidade,

que tudo ocorra como tenha que ocorrer.

A promessa me manterá viva e ardente,

as palavras manterão o futuro presente,

o desejo continuará firme e latente,

até a hora em que tudo se confirmar

(seja pra o sim ou para o não),

e que se finde a tortura de esperar...

Thaís Soledade
Enviado por Thaís Soledade em 30/01/2010
Código do texto: T2059965
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