Falta você

Nas mãos, o poema.

Feito, sinto-me leve, audaz.

Lido e relido, sinto-me artista,

vítima e réu, um alquimista...

Pela mente, à tona, o desejo,

mítigos próprios de quem ama,

em estrofes de amor puro,

hoje, ontem e no futuro...

O grito mais hostil,

molda meu espírito infantil,

incólume às asperezas,

sem esteio, sem suas belezas...

Volto ao poema.

Sinto-me poeta. Quimeras...

Leio e releio, novamente,

e, a declamar, digo: Bendito!

Pronto! Faltam apenas,

do coração, o grito pungente,

do amor, a dor silente,

ao destino, seu endereço...

Oswaldo Genofre

Oswaldo Genofre
Enviado por Oswaldo Genofre em 30/01/2010
Código do texto: T2059422
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