Falta você
Nas mãos, o poema.
Feito, sinto-me leve, audaz.
Lido e relido, sinto-me artista,
vítima e réu, um alquimista...
Pela mente, à tona, o desejo,
mítigos próprios de quem ama,
em estrofes de amor puro,
hoje, ontem e no futuro...
O grito mais hostil,
molda meu espírito infantil,
incólume às asperezas,
sem esteio, sem suas belezas...
Volto ao poema.
Sinto-me poeta. Quimeras...
Leio e releio, novamente,
e, a declamar, digo: Bendito!
Pronto! Faltam apenas,
do coração, o grito pungente,
do amor, a dor silente,
ao destino, seu endereço...
Oswaldo Genofre