Acre Doce da Vida

A perda dum ente querido dói demais

Nos sufoca, nos tira a paz,

Faz a gente chorar feito criança

Perder a esperança e achar

Que não seremos os mesmo nunca mais.

Mas com o passar do tempo a ferida

Tende a cicatrizar, a calma vem á tona

E a gente não chora mais,

Fica só a saudade que nunca se desfaz.

As cores, as flores, o vento e a chuva

Consolo sempre nos oferecem

Mas de tristeza o coração padece

Esperando que essa perda não aconteça jamais.

A água, o peixe e o anzol, as cascas

Cinzentas do cedro, a cruz da aroeira

Agora tanto faz, segue-se o caminheiro

Com o gosto acre-doce da vida que jaz.

R J Cardoso
Enviado por R J Cardoso em 29/01/2010
Código do texto: T2058817
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