Há uma Velha Lenda… (de ternura, de Imenso Amor...)
Que pode muito bem
Ser apenas um mito
A história de um ser
Que buscava
O infinito
O derradeiro sobrevivente
Do Povo Breve***
Que escapou à sabedoria do tempo
Que se recusa morrer
Sendo a realidade para ele
Apenas um cenário
Meramente aparente…
Pois ele vive de histórias
Que observa
Pelo mundo
Pelo cosmos
Espécie de vampiro
Que de narrativas se alimenta
E assim se mantém jovem
A morte afugenta
Histórias…
Histórias de Amor
E não as histórias de Impérios
A história da civilização…
Pois é o Amor
Que lhe garante a perenidade
A tal Imensidão…
Nunca olha para trás
Para as suas recordações
Sim…
Ele também teve Um Amor
Uma Dor
Pedaços ocultos de felicidade
Ele amou
E foi amado
Ele feriu
E foi flagelado
Sem querer
E no sofrimento
Foi queimado
Na braseira
De quem está apaixonado
No fogo eterno
Fogo que quis apagado
Partindo um dia
Em direcção ao mundo da luz
Sem dizer um “Adeus”
Sem olhar nunca mais para trás
Deixando-a
Deixando o que poderia ser uma bela história
Deixando-a a sofrer
Pois amava-a
Com tanta intensidade
Que não a conseguia mais ver…
E assim
Busca ontem
Hoje
Amanhã
E depois de amanhã
A história de Amor Perfeita
Essa escondida e venerável magia
Altura em que por fim
Irá descansar
Dormindo para sempre
Feliz
Sobre a sua Utopia…
***Povo Breve
Nome de uma pequena história que tenho publicada neste espaço, e que conta a história desse Povo