AH, QUANTO QUERER...



Ah, quanto querer ... cabe dentro desse meu coração
mergulhado nas águas profundas deste mar de imensidão
que guardo escondido na ante sala da solidão
nos quais navego ondas ruidosas de paixão

Sofro por silenciar meu pranto
carregando no corpo as marcas das feridas
pra aliviar a dor ... ensaio um canto
buscando em algum lugar, minha voz penetrar e encontrar a saída

Mãos tremulam as sensações que me invade
embora saiba que fujo da minha realidade
À flor da pele o sentimento arde
infeliz, renego brutalmente minhas vontades

O faço pois não há outro caminho
já me cansei de amar sozinho
de me contentar com as migalhas de carinho

Parto, levando no peito um coração dolorido
a alma gasta, um sorriso sem graça
com a certeza que nada faz sentido
vou sangrando pelas estradas,
esperando que se finde a madrugada
levando consigo as minhas mágoas
Para que enfim eu possa renascer das cinzas abstratas.




Fernanda Mothé Pipas
Enviado por Fernanda Mothé Pipas em 28/01/2010
Reeditado em 28/01/2010
Código do texto: T2056670
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