Enigma
Tal qual em um quadro lindo,
vejo o seu jeitinho enamorado.
Tecidas, como em um bordado,
nessas palavras, prazer infindo...
São coisas, ainda enigmáticas:
das pedras, nenhum caminho.
Longe dos sonhos, fantásticas,
dessas rosas, nenhum espinho...
Da noite, mais nenhum grito;
nada mais será uma vil tortura,
nem, ao menos, a lágrima pura...
Repousa, tranquila, no infinito,
renovando forças, seu esplendor.
Abre-se pela manhã, sem pudor...
Oswaldo Genofre