FACE DO AMOR

Qual a face do amor?

O amor paixão?

que tudo pode, inconsequente, adolescente,

intransigente . . . doente?

À única vista?

Ainda nem existe, meu ainda que não seja,

a dor, convencimento . . . surpresa.

Talvez platônico?

Conhecimento único, vida individual.

Solidão calada, magoada . . . pecada.

Quem sabe amigo?

Conhecimento mútuo sem cumplicidade,

respeito, admiração e até saudade . . . e só?

Ao próximo será?

Ajuda incondicionada, sem resposta,

frio, calculista, satisfação individual,

um ideal de vida pela própria solidão? . . . talvez!

Ao que se vai?

Existia, mas não era . . . vazio.

Marcas profundas, cicatrizes eternas.

Ficou . . . se foi . . . doeu.

De mãe?

Absurdo, infinito, intuitivo, incontinenti,

capaz de matar ou morrer

apenas por sua razão de viver.

Pela vida é?

Por mim, por ti, por tudo e por todos,

uníssono, sozinho, vivo,

feliz, altivo . . . contemplativo.

Pelo irmão será?

Presente enquanto vivo estiver.

Parceiro, companheiro, leal,

quando do outro, meu o será.

Na verdade todos o são.

Mas o grande e verdadeiro só um existe.

Viva . . . vivendo verá!

LUCIANO ESPOSTO
Enviado por LUCIANO ESPOSTO em 28/01/2010
Código do texto: T2055584
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