FACE DO AMOR
Qual a face do amor?
O amor paixão?
que tudo pode, inconsequente, adolescente,
intransigente . . . doente?
À única vista?
Ainda nem existe, meu ainda que não seja,
a dor, convencimento . . . surpresa.
Talvez platônico?
Conhecimento único, vida individual.
Solidão calada, magoada . . . pecada.
Quem sabe amigo?
Conhecimento mútuo sem cumplicidade,
respeito, admiração e até saudade . . . e só?
Ao próximo será?
Ajuda incondicionada, sem resposta,
frio, calculista, satisfação individual,
um ideal de vida pela própria solidão? . . . talvez!
Ao que se vai?
Existia, mas não era . . . vazio.
Marcas profundas, cicatrizes eternas.
Ficou . . . se foi . . . doeu.
De mãe?
Absurdo, infinito, intuitivo, incontinenti,
capaz de matar ou morrer
apenas por sua razão de viver.
Pela vida é?
Por mim, por ti, por tudo e por todos,
uníssono, sozinho, vivo,
feliz, altivo . . . contemplativo.
Pelo irmão será?
Presente enquanto vivo estiver.
Parceiro, companheiro, leal,
quando do outro, meu o será.
Na verdade todos o são.
Mas o grande e verdadeiro só um existe.
Viva . . . vivendo verá!