Le Skipper
As flores que hoje ressequidas
Transformam-se em cinza
São as mesmas que renascem em outros vasos na próxima estação
O tempo é o senhor de tudo
Da força e da fraqueza
que recai sobre cada homem no mundo
É um deus obscuro...
que não se permite esquecer
Às vezes eu penso que não a quero
Às vezes eu só a quero ver
Como ratos no porão de um navio prestes a afundar
Nossos corpos gelados se encontram
Na ânsia de já não se bastar
e a força com que lutamos pela vida
é a mesma que nos faz afundar
Eu já não sei o que eu quero
O prazer a que me atiro também é o medo que me apavora
No toque que a pele não nota, mas que faz queimar
O que sinto?
Simplesmente me afogo