Poema forte
Edson Gonçalves Ferreira
Divinópolis é minha Grécia,
Aqui, não há tempos clássicos,
Só a consagração das palavras.
Tenho tantos ou mais discípulos
Que Sócrates ou Platão.
Talvez, não tenha a sabedoria deles,
Só a plena humanidade,
Por isso, sou meio grego na concepção da divindade,
Não acredito em deuses de barro, de ouro, de prata.
Aquele que criou o mundo é para mim,
Mais humano que divino...
Deus é tão humano
Que nos fez à sua imagem e semelhança
E é capaz de compreender nossas paixões.
Elas podem até ser passageiras,
São imortais, porque um minuto é muito
É muito quando sei que vim sem hora marcada
Para chegar...
Quando sei que vim sem hora marcada
Para ir.
Assim, não perco tempo quando amo
Envolvo mais que Salomão com a Rainha de Sabá
E canto mais que David,
Aquele que louvou tanto o Senhor
Mas não deixou de pecar por amar demais
E assumir a sua bela e frágil humanidade...
E Deus, na sua onipotência, me assusta.
Gosto Dele mais como amigo,
Quando assume a forma humana,
E fala comigo como o filho de Maria e José,
Aquela criança que deve ter sentido tudo,
Tudo o que todas crianças sentem.
A majestade repousa aí na bruta humanidade
Ele que foi capaz de perdoar todos
Sem distinção
E, na Cruz, gritou
“Pai, perdoai-lhes porque não sabem o que fazem”...
Sim, a minha humanidade me sacraliza...
Assumo todas as minhas limitações.
Quantas vezes não implorei para que Ele afastasse
Afastasse de mim o cálice,
O cálice das paixões humanas que me consomem.
Um homem, porém, só se eterniza quando ama
E só, agora, na maturidade, compreendi
Um homem precisa de amar sem limites
Por amar demais, Deus a ninguém condena
Se você discordar, discorde
Mas cale-se
E aceite o meu modo de encarar Deus como amigo
Não deboche do meu texto,
É com Ele que falo com Deus
O Verbo encarnado
A flor de Jessé...
Ele, quando se faz Menino,
Aceita me fazer companhia
Mesmo sabendo que não passo de um pecador
Nunca hipócrita, porque aceito os adjetivos que me dão
Menos o de sepulcro caiado
E, assim, na inocência de ser,
Quando volto a ser criança,
O Menino sai correndo comigo pelos campos
Como fez com Pessoa
E rimos felizes só por rir...
Deus é um pai onipotente, onipresente
Misericordioso e simples
Tão simples que sabe
Que as grandes coisas se fazem com pequenas.
Afinal, quem não ama a singeleza das coisas não
Não vive em plenitude.
Sim, sou o poeta da Grécia de Minas
E eu sei que o amor nos consagra
O amor sem limites, o amor plural
E agora, se quiserem, podem até me crucificar
Como fizeram com Ele.
Com a minha poesia, porém, eu também posso
Eu também posso ascender aos céus.
Minhas palavras são puras,
Estão impregnadas de um amor plural
E minha poesia tem a força do carro-de-fogo
Que arrebatou Elias e me arrebatará também
Quando a hora definitiva chegar.
Aí, então, estarei impregnado Naquele
Naquele que é o puro amor.
Divinópolis, 28.01.2010.
Edson Gonçalves Ferreira
Divinópolis é minha Grécia,
Aqui, não há tempos clássicos,
Só a consagração das palavras.
Tenho tantos ou mais discípulos
Que Sócrates ou Platão.
Talvez, não tenha a sabedoria deles,
Só a plena humanidade,
Por isso, sou meio grego na concepção da divindade,
Não acredito em deuses de barro, de ouro, de prata.
Aquele que criou o mundo é para mim,
Mais humano que divino...
Deus é tão humano
Que nos fez à sua imagem e semelhança
E é capaz de compreender nossas paixões.
Elas podem até ser passageiras,
São imortais, porque um minuto é muito
É muito quando sei que vim sem hora marcada
Para chegar...
Quando sei que vim sem hora marcada
Para ir.
Assim, não perco tempo quando amo
Envolvo mais que Salomão com a Rainha de Sabá
E canto mais que David,
Aquele que louvou tanto o Senhor
Mas não deixou de pecar por amar demais
E assumir a sua bela e frágil humanidade...
E Deus, na sua onipotência, me assusta.
Gosto Dele mais como amigo,
Quando assume a forma humana,
E fala comigo como o filho de Maria e José,
Aquela criança que deve ter sentido tudo,
Tudo o que todas crianças sentem.
A majestade repousa aí na bruta humanidade
Ele que foi capaz de perdoar todos
Sem distinção
E, na Cruz, gritou
“Pai, perdoai-lhes porque não sabem o que fazem”...
Sim, a minha humanidade me sacraliza...
Assumo todas as minhas limitações.
Quantas vezes não implorei para que Ele afastasse
Afastasse de mim o cálice,
O cálice das paixões humanas que me consomem.
Um homem, porém, só se eterniza quando ama
E só, agora, na maturidade, compreendi
Um homem precisa de amar sem limites
Por amar demais, Deus a ninguém condena
Se você discordar, discorde
Mas cale-se
E aceite o meu modo de encarar Deus como amigo
Não deboche do meu texto,
É com Ele que falo com Deus
O Verbo encarnado
A flor de Jessé...
Ele, quando se faz Menino,
Aceita me fazer companhia
Mesmo sabendo que não passo de um pecador
Nunca hipócrita, porque aceito os adjetivos que me dão
Menos o de sepulcro caiado
E, assim, na inocência de ser,
Quando volto a ser criança,
O Menino sai correndo comigo pelos campos
Como fez com Pessoa
E rimos felizes só por rir...
Deus é um pai onipotente, onipresente
Misericordioso e simples
Tão simples que sabe
Que as grandes coisas se fazem com pequenas.
Afinal, quem não ama a singeleza das coisas não
Não vive em plenitude.
Sim, sou o poeta da Grécia de Minas
E eu sei que o amor nos consagra
O amor sem limites, o amor plural
E agora, se quiserem, podem até me crucificar
Como fizeram com Ele.
Com a minha poesia, porém, eu também posso
Eu também posso ascender aos céus.
Minhas palavras são puras,
Estão impregnadas de um amor plural
E minha poesia tem a força do carro-de-fogo
Que arrebatou Elias e me arrebatará também
Quando a hora definitiva chegar.
Aí, então, estarei impregnado Naquele
Naquele que é o puro amor.
Divinópolis, 28.01.2010.