Paixão profana...
Em meu corpo lascivo,
alastra tua boca
como fogo que não se apaga...
rasga minha lucidez
desperta meu anjo mal
que te desperto no paraíso...
invade-me...
(re) decore-me...
aniquila minha resistência,
quero as marcas da paixão
traduza meus delírios...
Não,
eu desconheço piedade,
criatura ilusória e leviana:
foste cutucar o varão
por curiosa, insensata maldade...
a ti prometo
o delírio da dor sadia,
a grilheta que te prende ao chão,
a ascese secreta e pia
de tanta paixão profana!
*(Andréa Pelegrinelli)
*(Arquiteto do Amor)
http://www.andreapelegrinelli.prosaeverso.net