Pra ti, morena.

Para a minha eterna namorada...

Era escuro. O negrume aos meu olhos devorava

Enquanto a solidão, esta companhia cruel

Asfixiava, como fora um negro véu

Minh´alma que a ti, apenas, esperava.

Depois... eis que me abres teu céu!

E meu futuro que outrora se deteriorava

Pouco a pouco suas feridas curava

Pelo sacrossanto remédio: teu mel

Jamais senti, morena, mais doce substância

Nenhuma outra há sequer de comparação

Pois não há analogia ao que da tua reentrância

Brota, cria-se. A não ser a solução

Que até hoje, antes de toda infância

É o enigma primevo da criação.