O ORVALHAR DE MEU SER

No bucolismo de meu versejar

em meio as flores do campo

eu vislumbro a sua beleza

tremo ao encontrar,encanto.

Pés orvalhados pisando a relva

suavemente apalpa em minha direção

seu sorriso alvo me inebria

é o meu alvorecer a ressurreição.

Seu corpo amoldado às veste molhadas

os cabelos a cascatear pelos ombros

sinto o perfume amadeirado de sua pele

excito-me,estremeço, e caio aos seus pés.

O torpor toma o meu ser

combalido a tanta beleza

cônscio de minhas faculdades

saio do êxtase para a certeza.

Não é miragem,é a sublimação.

Suas mãos brandas tocam o meu peito

seus lábios quentes umedecem os meus

enquanto a envolvo sem despeito.

Nossos corpos se unem a relva molhada

no tiritar dos pássaros ecoam em cantos

as flores se abrem a tanta beleza

é o amor e a chuva a nos molhar em prantos.