SONETO.
Dai-me um beijo destemido,
Que priva-me da morte
E dormirei em teu seio oprimido,
Serei eternamente seu consorte.
Dai-me esperança de ventura,
Que escreverei em meu epitáfio,
Tive a virgem mais bela e de tal formosura,
Saí da vida sem fracasso.
Dai-me sua beleza virginal,
Que acolherei em meu seio,
A visão de meus amores matinal
E a insanidade de meu desvario.
Dai-me o amor sonhado,
Que nessa vida tenho procurado!