CHUVA NA MINHA ALDEIA

ETA, enxurrada aqui na minha aldeia,

Lá está a cachoeira...

Desce tudo, folha, galhos secos, está forte!

Lá vem um pé de bananeira...

Aqui na minha aldeia,

Nada me aperreia.

É a natureza, Gaia, sua alteza,

Deixa ela falar, tenho presteza.

Respeito e sou atenta

Sei que na sua ira, não há quem agüenta.

Mas não está tão brava, não!

Ouvi um barulho, mas só um susto

É a alegria dela, em molhar o chão.

Vou cantando...

Na chuva pulando e dançando...

À Gaia, agradecia pela água que caía

Molhava meu corpo, minha alma,

Havia uma transformação e magia

Eu era fogo e energia.

Então pulava, dançava e cantava:

Gaia, Gaia , Gaia...

Sei a sua Tolerância

Lamento as tuas feridas

O homem não tem o bálsamo para tua dor,

Aceita o meu Amor.

Gaia, Gaia, Gaia...

Aceita o meu Amor!

Passou a chuva ficou o perfume do mato

Podia sentir todos, amargo, doce, suave...

Alguns pássaros aproximavam,

Alimentando-se entre um galho e outro,

Minha alma se alimentava junto,

Da paz, harmonia, do perfume do mato

E a cantoria dos pássaros.

Até procurei cantar junto com eles, vi que podia atrapalhar.

Distante, ainda via um raio no céu

Gaia se despedindo com sorrisos iluminados.

Homenagem a Natureza gemente, dilacerada esvaindo em sangue pelo descaso do homem. Mesmo Gaia enviando duras mensagens para o mundo, mostrando o que é dor quando se destrói alguém ou alguma coisa de importância, o homem está longe de entender e mudar o rumo de suas idéias. Que se Cumpra a vontade do que está acima de tudo e todos. DEUS.

NATIVA
Enviado por NATIVA em 27/01/2010
Reeditado em 02/02/2016
Código do texto: T2053607
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