O amor

Quando a paisagem em minha frente tornar-se real
E a aurora apresenta-se mais bela que o ocaso e puder com
Minhas mas mãos tocar a lua e acende-la, então crerei
Que há amores impossíveis e apagarei da minha vida o sol
 
O amor governa absoluto e supremo como o carvalho
Possui profundas raízes, dele nasce à que desafia
O amor derruba o conhecimento e fortalece a crença
A fé anula resultados, ela manda, o ser humano confia
 
Quando um punhado de feno for mais precioso que o ouro
E a muralha que vejo a frente se transparecer como vidro
E puder atravessá-la, como num portal e pegar o feno em
Lugar do ouro então; crerei no amor que não pode ser vivido
 
O amor vê, porém não enxerga, escuta, mas não dá ouvido
Conhece a razão e despreza as conseqüências, percebe o
Limite e vai ao extremo. O amor é paciente, nunca desiste
Incansável ele mostra a raiz: a lembrança e assim insiste
 
O amor gera frutos eternos saudades, de sabor inigualável 
Carinho, aparência irresistível você, moradas tranqüilas
Seus braços, maná que alimenta, seus lábios, alegria sem fim
Sua presença, esperança viva e constante ter você pra mim
 
Quando o sol se por e na noite, brilhar á presença da lua
Minha alma inquieta e nua, exposta ao firmamento mostrará
Que meu amor por você é tão grande quanto é explicito.
E todos verão e saberão que,  tudo é possível ao amor.
 
Mas que isto, infelizmente (!) não me é lícito