O Amor, uma espécie de Religião…
Há certas coisas
Que eu não consigo compreender
A mais perturbadora
E assustadora
É de que Um amor
É sempre único
Nas suas idiossincrasias
Sendo impossível
De reproduzir
A sua receita
Aquilo
Que ele nos faz sentir
E compreendo
Hoje mais do que nunca
As palavras
Do poeta Irlandês
Que nos dizem
Que o Amor
É como uma religião
Eu compreendo
Pois só o amor
E o Invisível
Me fazem sentir
Até o âmago do meu ser
Aquilo que nos transcende
A portentosa Imensidão
E sou devoto pois
Aos meus dois credos
Eu sou fiel
Mas lido mal
Com os seus dogmas
Devido se calhar
Às minhas asas
Devido se calhar
A nunca ter sido
Um aluno aplicado
Que seguisse
O que me era ensinado
A preceito
Sempre tive
Uma visão
Muito própria da realidade
Sempre fui mais claro
Do que a perceber metáforas
Onde se escondem
Os segredos
De vivermos
Comungarmos
E reproduzirmos
Essas duas religiões
Sendo essa a razão
De ser uma espécie de herege
Que segue o seu próprio caminho
Embora acredite nelas
Pois elas são o motivo
A razão do meu ser
Mas teimo no meu caminho
Sentindo-as
Mas sem realmente as Ver
E muito menos Perceber…