O Amor, uma espécie de Religião…

Há certas coisas

Que eu não consigo compreender

A mais perturbadora

E assustadora

É de que Um amor

É sempre único

Nas suas idiossincrasias

Sendo impossível

De reproduzir

A sua receita

Aquilo

Que ele nos faz sentir

E compreendo

Hoje mais do que nunca

As palavras

Do poeta Irlandês

Que nos dizem

Que o Amor

É como uma religião

Eu compreendo

Pois só o amor

E o Invisível

Me fazem sentir

Até o âmago do meu ser

Aquilo que nos transcende

A portentosa Imensidão

E sou devoto pois

Aos meus dois credos

Eu sou fiel

Mas lido mal

Com os seus dogmas

Devido se calhar

Às minhas asas

Devido se calhar

A nunca ter sido

Um aluno aplicado

Que seguisse

O que me era ensinado

A preceito

Sempre tive

Uma visão

Muito própria da realidade

Sempre fui mais claro

Do que a perceber metáforas

Onde se escondem

Os segredos

De vivermos

Comungarmos

E reproduzirmos

Essas duas religiões

Sendo essa a razão

De ser uma espécie de herege

Que segue o seu próprio caminho

Embora acredite nelas

Pois elas são o motivo

A razão do meu ser

Mas teimo no meu caminho

Sentindo-as

Mas sem realmente as Ver

E muito menos Perceber…

Miguel Patrício Gomes
Enviado por Miguel Patrício Gomes em 26/01/2010
Código do texto: T2051697
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