Rosa Azul
Vou bordando a fios dourados a
borboleta dos nossos dias,
cravejando o teu nome em diamantes.
Por que lamento tanta solidão?
Tantos anos sem o toque de tuas mãos,
que as minhas vestes amarrotaram
nas entrelinhas de tuas palavras
cheias de arrogância e frieza.
Vou delicadamente caseando o
bordado em pedrarias do passado...
Lembro-me do sorriso com os olhos,
das mãos firmes na Hattori,
dos passos furtivos na madrugada e
o caminho do guerreiro até a cama...
Apenas a primavera traz lembranças de
cerejeiras em flor,
onde busquei tantas vezes o teu amor...