CONSAGRAÇÃO
Dos frutos da rosa-de-jericó
desenrolam-se novelos sedentos
a espera do beijo da chuva
que reguem ávida seus nós
para úmidos reviverem o momento
emaranhando em seus ramos a flor.
Dançam ao sopro do vento
as folhas dos ramos e a flor
percorrendo os campos desertos
nos laços dum ato de amor
fomentando sementes em seus seios
eternizando o feito efêmero
no cálice que consagra o licor.