MEU ENGANO!
Inquieta-me, o algoz de minha existência,
Não sonho, como sanha um aedo,
Refuta-me a trova e a congruência,
Tenho como auspicio um ignoto segredo.
Envolto em meu medo, me pergunto:
Se amo, pois amo, como amo?
Em todas as respostas, você vem junto,
Pois és minha primazia, e é por ti que clamo.
Versar sem ti é o meu engano,
Sonhar sem ti é sonhar a esmo,
És tu que amo, pois amo, e amo,
E viver por ti, é ser eu mesmo.
Trovar para ti, me trás esperança,
Já que é para ti, que canto meus lamentos,
És de mim a maturidade, e sou sua criança,
Cresço em teu seio lhe cedendo meus sentimentos.
Verto por ti lagrimas de desespero,
Afronto com ira minha alma de má sorte,
Soluço com a alma, e com seu silencio me devoro,
Pois sua ausência, me trás somente a morte!