Quando você some

 
Quando você some eu murcho.
Como uma planta no vaso esquecida
Como uma criança não amamentada
Seca, desnutrida
Definhando por não ser regada
Nenhuma ligação
Um e-mail
Uma mensagem
Meu velho violão
Num canto empoeirado
Pois nesses instantes não canto
Me calo

Sem rimas, nem versos, nem fados
E nem mesmo para escrever tenho ânimo
Tudo isso porque você some.
Por que você some?