Para ela
Eu hei de dizer ao teu coração
que o meu é um broto malandro,
um ágil saltimbanco chamado fulano,
alguém sem alguém a pedir morada.
Eu hei de abraçar os teus abraços,
beijar todas as tuas bocas,
viver quase louco a deixar-te ainda mais louca.
Eu hei de amar-te também, creio nisso.
Não sou esse monstro de mal com a vida,
esse lerdoso ou esse touro arisco...
chifrando teu peito com esses meus desavisos.
Eu hei de saber o que sente tua alma,
o que há em teus olhos e o que fala a tua fala
e o que o meu coração sente quando beija a tua boca.