Vultos da alma
Se por acaso a paixão
Premir o peito na loucura
Como um grasnar do corvo
No sol que foge aos olhos
É porque no canto as flores
Nasciam abrasadas de ardências
Sinto o ostentar deste furor insano,
O imergir das flores vivendo
Abrasivas num dilúvio de sonhos
As almas devoram imberbe
A brisa na madrugada de linho
Onde ocultas rendas bordam
Os vultos talhados de marfim