Teus olhos roubaram minha alma...
Não pedirei mais teu amor – o amor não se pede.
Afastarei de mim a ilusão de esperar...
Respeitos humanos te afastam de mim
...E não queres lutar...
Não vais arriscar nem enfrentar novo encontro.
Te vejo cansado, com medo de amar...
Segue teus dias de rumo cinzento...
Irei para longe sem te importunar...
Eu não me despeço: é o "teu dispensar-me";
A despedida é tua: não me queres amar!...
Só que agora não poderás mais dizer
Que “não sabes...”
O vento me trouxe
De longe pra ti
E me há de levar
Mais longe ainda,
Pra não mais voltar...
Há muitas estrelas rondando uma lua.
Uma vida toda é "pouco esperar"?...
Jogaste por terra os meus sonhos de vida
Zombaste do amor que te quis ofertar...
Não é um muro que nos separa, se fosse,
Não seria difícil, querendo, escalar...
A mágoa profunda machuca meu peito:
São mil oceanos a nos separar...
(-E eu cansei de nadar... Em vão...)
Nunca digas que não tiveste outra chance...
Eu vou para longe; não me irás encontrar...
...Silenciosamente... Não me verás mais chorar...
Do lugar aonde vou não existe retorno.
Estarei bem guardada na torre de ouro.
...Rapunzel não tem mais as suas tranças jogar...
Tudo parece uma grande ilusão
À espera do "NUNCA" ... Que não vai chegar...
(- Tu não queres que chegue... Não queres lutar...)
...Teus olhos roubaram minha alma...
Agora, é penar...
Às cegas, na escuridão, pois não tenho mais alma...
“Dormir... talvez sonhar...”*
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* Shakespeare.