Volúpia

Não faltará ao trigo, o seu moinho,

que ao sopro do vento, se insinua,

como não ficará, mulher sem carinho,

quando iluminada pela luz da lua...

Envolto pelo luar, o corpo estremece,

cercado de todos os seus mistérios;

nos poemas, declamados como prece,

versos obscenos, não serão vitupérios.

Nesse espaço, a procura pelo pecado,

sob as estrelas, cúmplice desse luar,

nada proibido, pois, tudo é perdoado.

Pela noite, generosa, e, tão profunda,

ao carinho, da mulher, o dom de amar,

pelos dois corpos, a volúpia, inunda...

Oswaldo Genofre

Oswaldo Genofre
Enviado por Oswaldo Genofre em 23/01/2010
Código do texto: T2046998
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