Volúpia
Não faltará ao trigo, o seu moinho,
que ao sopro do vento, se insinua,
como não ficará, mulher sem carinho,
quando iluminada pela luz da lua...
Envolto pelo luar, o corpo estremece,
cercado de todos os seus mistérios;
nos poemas, declamados como prece,
versos obscenos, não serão vitupérios.
Nesse espaço, a procura pelo pecado,
sob as estrelas, cúmplice desse luar,
nada proibido, pois, tudo é perdoado.
Pela noite, generosa, e, tão profunda,
ao carinho, da mulher, o dom de amar,
pelos dois corpos, a volúpia, inunda...
Oswaldo Genofre