Devaneio

Fim de verão... Canta a cigarra com sua apertada

Voz. Trêmula a gaivota cruza o mar.

E como filha do vento a andorinha vai e vem.

E eu um pigmeu entre as montanhas solitárias

E em silêncio o movimento vou seguindo,

Com a natureza interagindo para esquecer

O peso das grandes cidades .

A nebulosidade que abraça as rochas

Me entristece, enquanto ao sol que desponta

Rezo uma prece para fugir do tormento.

O orvalho sobre a relva se evapora

A solidão em minha alma aos pouco

Desaparece, a vida segue seu curso

Enquanto meu devaneio sorrindo cresce.

O amor me fortalece qual a mais dura rocha

Esculpida naturalmente, a planta

Que murchara rejuvenesce continuamente

Enquanto eu parado no tempo me perco.

R J Cardoso
Enviado por R J Cardoso em 23/01/2010
Reeditado em 23/01/2010
Código do texto: T2045817
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