OS VERSOS QUE TE FAÇO - THE VERSES THAT I DO FOR YOU
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OS VERSOS QUE TE FAÇO...
J.B.Xavier
Ah, meu grande amor!
Tivesse eu prados floridos a te oferecer,
E contigo de mãos dadas, por eles eu pudesse correr,
Não te mostraria em minha alma a mancha da dor,
Não te traria a esse vale crestado em que me transformaste,
Nem te faria ouvir as tristes melodias que hoje me transformam
No oposto de tudo aquilo que um dia amaste,
Na ferida exposta ou nas tristezas que me transtornam...
Vês? Trago os pés feridos da longa caminhada,
Nessa procura insana à qual me condenaste,
Buscando em mim o que um dia já amaste,
E que perdi de mim mesmo em algum ponto da estrada...
Vês? Olha minhas mãos outrora aveludadas,
Hoje abatidas pela busca incerta de teus universos,
Inertes, nessa procura inescapável, prostradas,
Grosseiras e feridas, mas ainda te fazendo versos...
* * *
THE VERSES THAT I DO FOR YOU
J. B. Xavier
Oh, my great love!
If I had flowery meadows to offer you,
And with you, hand in hand, for them I could run,
I do not show you in my soul the stain of pain,
I do not bring to you this parched valley of which you became me on,
I wouldn’t do you hear the sad melodies that turn me today
In the opposite of everything that once you loved
In open wound or the sorrows that upsets me ...
Can’t you see? I have my feet wounded in the long walk,
In this insane demand to which you condemn me,
Searching in me which once you loved them
And that I lost of myself somewhere along the road ...
Can’t you see? Look at my hands once velvety,
Today slaughtered by the uncertain search for your universes
Inert, in this inescapable search, prostrate,
Coarse and wounded, but still making verses for you…
* * *