" CONFIDÊNCIAS DE AMOR "

Evaldo da Veiga


Meu amor, ainda tenho a dizer-te
Que quando temos encontro marcado
Fico numa ansiedade doida
Que dói de um lado e alegra por outro
Não se deve atropelar o tempo
Mas eu fico deliciando tua presença
Mesmo que ainda você esteja distante
Convenço-me que sem você o momento é triste
E se a ausência é grande sinto que vou morrer
Mas a espera tem êxito e ai ressuscito
Pra convencer-me mais uma vez da tua beleza
Vou te contar que, às vezes, passo de madrugada
Nos dias de chuva e de fortes trovões
Na rua que moras, para sentir tua presença
Busco no escuro e no claro da Lua
Busco-te até onde sei que não vou encontrar
É que crio possibilidade de ti ver sempre
Você existindo, em todos os lugares

E você me mostra sempre uma realidade
Que busco, não sei por que em ficção
Sob as chuvas, Sol, e clarões naturais
Você está, porque se sedimentou em mim
Busco-te no escuro e te encontro mercê tua luz
As agressões da vida não me deixam marcas visíveis
Se sentir dores, não vou propagar, dizer por que
A guerra maior é fazer Deus entender
Que não busco prioridade, não, não...
Mas um livre trânsito de alma eu e você
Poderia ser contemplado, porque não onera
A disponibilidade da vida, se nos for acrescentada
Seria uma recompensa a quem busca presença
Carinho, ternura, toque e gozo sem fim
Acreditando que as graças podem ser sempre
Que pra ter graça não precisa ter fim

evaldodaveiga@yahoo.com.br