A lua de amor

Autor: Moizeis Lima da Silva 22/1/2010

Quisesse eu poder explicar

A alguém que quer amar

O que é esse tal de amor

Cálice que bebo e que me faz sentir dor.

Sendo escravo da paixão,

Que faz virar solidão

O sentimento que por ti nutro.

E é aqui que viro vulto

De amante sem resposta.

Quero aqui fazer-te uma proposta:

Queres comigo tentar

E desse amor compartilhar?

Sei, no passado, tive chance,

Mas não soube alimentar o romance

Que comigo acontecia

Não percebi a imensa alegria.

Do amor senti a força

Mas carinho não dei à moça

A qual pediu separação.

E aí prestei atenção:

Olhos-esmeralda, cabelos ricos em beleza

Vindos do âmago da natureza

Traziam consigo face feliz e carinhosa

Tez macia e delicada de uma rosa esplendorosa

Dona de beleza sem comparação,

Que é amante da perfeição.

És, pra mim, linda menina

Detentora de pureza cristalina.

Por arcanjos imbuída de inocente qualidade

Tens o título de beldade

Na minha celeste pasárgada.

Lá és tu a minha rainha, majestade adorada.

Amada por mim és.

Lá te dou ouro, prata e anéis.

Mas agora quero de minha pasárgada sair

E no teu coração entrar.

O meu lar será teu coração,

O meu castelo, a minha mansão.

Sabiás gorjeiarão sem parar

Em palmeiras, pereiros e jacarandás.

Não é paixão violenta

Nem perigosa tormenta.

É um apocalipse de amor,

Que cessará a minha dor.

É sentimento, comunhão,

É dor que desatina sem doer,

É resposta envolta de solução,

É o sublime amor que invade o meu ser: você.