Diferente de tudo

Escondo-me do sol na réstia plúmbea,

na pradaria distraída de algum lugar fantásmico,

na alça de mira da arma que já não dispara

e em certos amores bem divididos.

Molho a lavar-me na água enfeitiçada

de um poço preso ao tempo e detentor da alma,

que não vê caírem ao seu redor as gotas do orvalho

Apareço-te com a ânsia que me leva tonta

ao desencontro de uma fome indesejada,

quando o trigo é-me o joio deglutido.