ENQUANTO HOUVER AMOR...



Enquanto houver amor...
as palavras cativas dos sentimentos me abrigam
deixarei que o canto encerre a relíquia dessa paixão,
no balbuciar dos deslizes  de teus gestos em vão.


Descreverei a poesia
as reticências dos versos ditos um dia
das frases de amor que não tem fim
cravadas uma a uma em mim.
Sempre foi e ainda permanece assim.
Tatuadas no infinito em si


Tatearei na imensidão desse universo
a procura interminável de ti;
na espera do que me completa, e
transborda quando te deixei partir.
Pegadas desse nosso ir e vir...


Devorarei a ilegalidade deste fascínio
que insisto, no que “não reprimo” e
por ser assim não me detem.
Seduzirei cada palavra do teu corpo
que desejoso exploro no que nos convém.


Enquanto houver amor...
violarei...a loucura que me move
rasgarei...as palavras cruas que nos vestem
denunciarei...as ilusões que te reveste
abrandarei...as tormentas inertes da insegurança
silenciarei...as insanidades que te cometes
reviverei...dia a dia o amor que pulsa nas entranhas
degustarei suas manias mais estranhas
Enquanto houver amor...assim farei!
                                                                                 


Fernanda Mothé Pipas
Enviado por Fernanda Mothé Pipas em 21/01/2010
Código do texto: T2042900
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