ÚNICA SORTE!

Queria amar como aedo,

Para te descrever como poesia,

Pois apenas sou humano cheio de medo,

E não aprendi a amar como devia.

Busco-te em um eterno sonho,

Que de minha alma não quero perder,

Não conheço a língua para dizer te amo,

Pois Afrodite lhe fez de amor, e Apolo esculpiu você.

Oh! Aedo de lira que das musas arranca sonhos,

Rogo-lhe em suplica belo Deus Orfeu,

Dê-me para a alma um raio de luz de seu engenho,

Para que minha trova encanta a filha de Zeuz.

Amo-te anjo com meu amor terreno,

Pois somente assim posso te amar,

Sou humano, sou mortal, não sou supremo,

Somente tenho por direito, te idolatrar.

E em meu desespero de lhe ter em vida,

Busco em meu fado minha única sorte,

Pois minha alma para ti já é cedida,

Não lhe tenho em vida, mas te encontro em minha morte!

RENGAV
Enviado por RENGAV em 21/01/2010
Código do texto: T2042887
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