PENSANDO EM TI
Finalmente, depois de um longo tempo provaste
o que é ser coligada do nada, ver o dia
terminar, a lua nascer e a tristeza
chegar só para maltratar.
Agora sim, conheceste a dor de uma ausência,
como o porquê que os olhos marejam, o porquê
perde-se o sono e a razão de ser invadido
por um desejo de sucumbir.
Até que enfim, chegaste à conclusão que não
há como vivermos separados, iludirmos com banalidades
nossas vidas se no final, acabamos
no vazio dos braços da saudade.
E por falar em saudade volte logo, teus pertences
continuam intato ademais, não quero saber
do que aconteceu neste tempo de cegueira e agora,
o nosso bem maior recomenda deixarmos de ser abstratos.
Apresse-se, temos que ressuscitar o que desapareceu
como espiral no fundo do mar, urge darmos nova
vida para o nosso sentimento, ele não
permite mais demora.
Volte, este afeto permaneceu muito tempo
latente, vamos dar-lhe a pompa que merece,
reafirmar aquela promessa de trato a ser
cumprido, e depois, bem, depois sermos
envolvidos por nossa sede ardente... de amar.