BÚSSOLA EM MEU PEITO

Aprendi a contornar a rocha,
Levo
em meu peito a bússola,
Assim desvio meu caminho da fúria.
O vento é poderoso...
Torna as paisagens diferentes
A cada nova rajada
E logo o mar se acalma.
A rocha continua ali...
Aprendi a desviar-me dela,
A dor e os arranhões
No casco do meu barco, consertei
E sempre que for preciso, darei vida a ele,
Tenho capacidade de criar minha rota.
Quando necessário, sou como uma duna,
Mudo eu...
Também não posso esquecer-me
Da manutenção da bússola,
Ela sempre estará preparada
Para grandes caminhos...
O vento é imprevisível,
Eu não!

Adriana Leal




Texto revisado por Marcia Mattoso