Amor de outrora 

Trago comigo o coração desfeito
Tamanha a dor que inunda meu peito
Faz-me seguir sem alento
O desencontro me espreita atento.

Foste tu que me feriste! E o fez sorrindo.
Choro o peso de uma desilusão,
Choro o amor que mataste de mansinho.
Choro a dor de uma paixão.

Outrora construímos sonhos
Dividimos a mesma ansiedade.
Agora na palidez da solidão
Transpiro saudade.

A noite chega solitária, sem o luar.
Reveste-me como uma mortalha.
Cerro os olhos inundados pelas lágrimas
E a tristeza em mim se espalha.

A minha alma doente,
Não sente que o tempo passou.
A minha boca ainda mente,
Jura que jamais te amou.


E sem crenças, sem fé, sem ternura
Perdida nas veredas da vida,
Quiz te dar minha essência pura,
Abri-te o peito e fui mortalmente ferida.