Nos braços da mulher amada

Nos braços da mulher amada

Quero morrer nos braços pardos

Pra renascer entre os seus seios

A me apontarem como dardos

Protuberantes, fartos, cheios

Meu peito cheio de infartos

De tanta dor adormecida

Abriga sentimentos castos

E uma paixão já esmaecida

Mas quando estou entre os seus braços

Uma emoção, quase esquecida

Refaz os nós dos nossos laços

E uma beleza, então contida

A emergir entre os seus traços

Traça os contornos da mi’a vida

(Djalma Silveira)