Calíope II

Por tantas vezes olhei o céu

Até além do que é

Não a encontrei lá

Aquiles me disse para dela tirar o véu

Assim Atena não traria o amargor do fel

Mas a tive ao meu lado

E gritava: renda-se pégasus alado

Pois tu viajaras entre bosques e campos

Comigo e Ulisses alvos como santos

Desbravamos e eu gritava:

Calíope! E ela nem me olhava

Ajuda pedia aos céus

Desde o mais longínquo confim do Hades

Gentilmente pedi a Ares

E Poseidon no mais profundo dos mares

E gritei: Calíope!

Se tu não vens diga-me!

Pois eis me aqui e te espero!

Não tive resposta

Pensei lamentar

Desistir de procurar

Mas nem pensei nisso como verdadeira proposta

Eu ainda gritava e a bendizia

E dizia a vontade de tê-la

Dizia mesmo querê-la mais que a Afrodite

Nenhuma delas tem o teu sabor

E não tenho Hermes nem mensageiro nenhum

Que possa dizer-te quanto de minha alma estará calma

Limpa e clara

Daqui por diante

E atrás de mim

Um sorriso

Sim, um sorriso se abriu

E era dela

A mais bela e perfeita

Tua dança voltaria a ser minha eterna estreita

E nem Loki ou Arlequim tirá-la-ia de mim

Peguei em sua mão e chorei o mais que forte que pude

Pois não a senti

Nem Heracles teria feito melhor

Logo acordaria e continuaria sem ela ao meu lado

Abracei-a e em seu ouvido disse:

Amo-te Calíope...

Alexandre Bernardo
Enviado por Alexandre Bernardo em 20/01/2010
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