Calíope II
Por tantas vezes olhei o céu
Até além do que é
Não a encontrei lá
Aquiles me disse para dela tirar o véu
Assim Atena não traria o amargor do fel
Mas a tive ao meu lado
E gritava: renda-se pégasus alado
Pois tu viajaras entre bosques e campos
Comigo e Ulisses alvos como santos
Desbravamos e eu gritava:
Calíope! E ela nem me olhava
Ajuda pedia aos céus
Desde o mais longínquo confim do Hades
Gentilmente pedi a Ares
E Poseidon no mais profundo dos mares
E gritei: Calíope!
Se tu não vens diga-me!
Pois eis me aqui e te espero!
Não tive resposta
Pensei lamentar
Desistir de procurar
Mas nem pensei nisso como verdadeira proposta
Eu ainda gritava e a bendizia
E dizia a vontade de tê-la
Dizia mesmo querê-la mais que a Afrodite
Nenhuma delas tem o teu sabor
E não tenho Hermes nem mensageiro nenhum
Que possa dizer-te quanto de minha alma estará calma
Limpa e clara
Daqui por diante
E atrás de mim
Um sorriso
Sim, um sorriso se abriu
E era dela
A mais bela e perfeita
Tua dança voltaria a ser minha eterna estreita
E nem Loki ou Arlequim tirá-la-ia de mim
Peguei em sua mão e chorei o mais que forte que pude
Pois não a senti
Nem Heracles teria feito melhor
Logo acordaria e continuaria sem ela ao meu lado
Abracei-a e em seu ouvido disse:
Amo-te Calíope...