Tempo

Aqui no silêncio do instante

Neste frívolo e calcinante

Encontro entre tempo e ser

Face à face segundos seguintes

Minutos ligeiros, pulsantes

Que nos meus olhos dolorosos passam

Quebram-se na paz o silêncio

No brusco e frio deprecio

Do fugaz tempo a passar

Lento, manso, audaz

Como se não fosse capaz

De um milésimo esperar

E vai passando... novo, velho

Santo ou condenado sombra no espelho

Mais um rosto a mudar

Que tanto é o tempo que passa?

Que mesmo a desgraça faz esquecer?

Que mito tem o tempo

Que mesmo o bem supremo faz emorecer?

O tempo é fugitivo...

Por isso apressemo-nos para amar

Sem sair dos braços desse louco amor

Que um dia ao tempo sucumbirá.

Viviane Tavares
Enviado por Viviane Tavares em 19/01/2010
Código do texto: T2038955
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