O VÍCIO

Não posso mais ser dono do juízo que detinha

E nem da lucidez que já foi minha em épocas remotas

Abriram-se as comportas da impetuosa inundação que se avizinha

Pois ela nem sequer é minha, mas seus domínios já me dão amostras!

Eu não resisto àquele modo de arrumar os seus cabelos

Arrepiam-me os pelos e trepidam-me cardíacos compassos

Aprecio a graciosidade de seus passos e seus delicados trejeitos

Oxigênios ficam rarefeitos, pudores tornam-se raros!

Aquele andar é como Ísis desfilando em passarela

E o seu olhar de ninfa donzela nada condiz com seus poderes

Esqueço os afazeres e íntimos ardores brotam por ela

Posto que um só sorriso dela será diária recordação por meses!

Bem que eu queria lhe querer de um modo calmo e comedido

Mas depois dela tenho compreendido o que é viver em densa chama

Seu charme me inflama e seu DNA é uma mistura de pecado com libido

Por isso eu tenho sucumbido e viciado sempre volto à sua cama!

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Reinaldo Ribeiro - O Poeta do Amor

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Reinaldo Ribeiro
Enviado por Reinaldo Ribeiro em 19/01/2010
Reeditado em 03/08/2012
Código do texto: T2038588
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