DOIS ANJOS
Tenho cá comigo dois adágios
Um que que me reflete a vida
Um outro permeia os meus olhos
Um deles é bem crédulo e puro
E que reconforta meus estágios
Aquele está mais para diabrete
Me confundindo até os escólios
E ratazanando as minhas feridas
Desatina a calma em fino luto
Me prostrando em contínuo cheque
Um deles me acarinha as dores
E serena as suspeitas e os queixumes
Faz-me delirar em flamas intensas
Transforma a aragem em perfumes
Abrandando também os dissabores
O outro por ser muito impelido
Cavalga minhas fantasias suspensas
Provocando poluções de moleque
Mas apetece meu sátiro convalido
E extasia meus desejos mais impuros
Tenho cá estes áleos ditames
E não sei o qual mais namorar
Se o que me destaca a vida
Ou o que me a faz desterrar
Ou bendigo os dois inflames
Ou convivo com as competidas
Será que mergulho na alucinação
Ou afinco os pés nesse chão?
Tenho cá em mim essa consulta
E inda que seja batalha perdida
Me divido em amar, donde a dor há!
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V I S I T E