QUEM SABE
Queria talvez não ter partido!
Queria, quem sabe, não ter assim agido!
Se diferente fosse não estaria arrependido,
Penso todo momento em como será concebido,
a partir daqui, o vão que deixa um coração consumido,
por aquele premeditado e desleal sentimento,
que me findou as chances sem o mínimo de bom senso,
apesar de quase sempre e por muitos advertido,
a cegueira que se brinca é verdadeira, um véu denso,
trazendo junto a surdez e paralisação do pensamento,
deitado, por vezes isolado, remoendo o sufocante grito reprimido,
deixando o essencial para traz e se entregando ao abatimento,
a normalidade de todos que por alguém ferido.
O encontro ao novo, a chance de talvez um novo sangramento,
coisas banais de quem se arrisca no desconhecido,
uma troca de razão, a renovação de um momento!
Quem sabe quando ou por quanto tempo?!