QUEM SABE

Queria talvez não ter partido!

Queria, quem sabe, não ter assim agido!

Se diferente fosse não estaria arrependido,

Penso todo momento em como será concebido,

a partir daqui, o vão que deixa um coração consumido,

por aquele premeditado e desleal sentimento,

que me findou as chances sem o mínimo de bom senso,

apesar de quase sempre e por muitos advertido,

a cegueira que se brinca é verdadeira, um véu denso,

trazendo junto a surdez e paralisação do pensamento,

deitado, por vezes isolado, remoendo o sufocante grito reprimido,

deixando o essencial para traz e se entregando ao abatimento,

a normalidade de todos que por alguém ferido.

O encontro ao novo, a chance de talvez um novo sangramento,

coisas banais de quem se arrisca no desconhecido,

uma troca de razão, a renovação de um momento!

Quem sabe quando ou por quanto tempo?!

Alberto Marra
Enviado por Alberto Marra em 19/01/2010
Reeditado em 09/03/2010
Código do texto: T2038227
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