Resvalos...

Resvalo

O tempo passa... As coisas mudam de lugar...
O espaço marcado pelos riscos... Alguns rabiscos com o deslizar dos dedos.
Assim, o dia começa, bem cedo...
Ouço, em verde sinal... As estradas sem nenhuma contra-mão... Pulmão.
Muitas palavras soltas, ainda no céu da minha boca...
E o ar me falta, quando o vento fica suave demais... Ao contrário do ritmo, eu prossigo em vendaval.
O lago traz consigo o ponto de encontro... A casa dos sonhos.
A margem tênue de encontro de tempos... O nosso tempo infinito... Um filme.
E falar da lua... Dos verdes prados de outrora... Da minha visão quase clara... Perde-se no rumo... Não ganharia prumo, nesse momento recortado.
Basta-me colher as flores... E desnudar o corpo dos lenços...
Hoje, refletido em lascas dizes o que tens dito... O Amor mais bonito.
Em versos, rumo ao vasto cair de folhas, está o meu peito... O pacto em linhas emaranhadas... O zelo.
Correntes rasgadas por penas... Um sopro de um futuro... O tal abrigo.
Mar... Um dia para o mar que docemente te atormenta... O teu desejo resvalado pelo meu colo... As ondas dos corpos... Hiato.