ALÉM DO MERO APELO
Castigue-me com prêmios, farta minhas vicissitudes com ilusões
Juro com todas as forças das ilações que é verdade essa mentira
Digo às vindas que eu te vira nas partidas das minhas perturbações
Onde o lirismo das canções, só por predileções, matava-me com vida!
Unge os lábios meus com o santo ósculo de teu pecado
Faz a mesa e lança ao prato todos os versos desse ingrato paladar
Que deveria nos fartar não pelo mero propagar que esvai do palato
E intransigentemente acato teu violento modo de me acariciar!
Pega em minhas mãos com o compromisso de me libertar
Determinada a me aprisionar, porque somente assim sou livre réu
Dá-me o léu para que adentro de teu véu eu possa me achar
E te proponhas a me amar, posto que em ti até o inferno é céu!
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Reinaldo Ribeiro - O Poeta do Amor
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