ALÉM DO MERO APELO

Castigue-me com prêmios, farta minhas vicissitudes com ilusões

Juro com todas as forças das ilações que é verdade essa mentira

Digo às vindas que eu te vira nas partidas das minhas perturbações

Onde o lirismo das canções, só por predileções, matava-me com vida!

Unge os lábios meus com o santo ósculo de teu pecado

Faz a mesa e lança ao prato todos os versos desse ingrato paladar

Que deveria nos fartar não pelo mero propagar que esvai do palato

E intransigentemente acato teu violento modo de me acariciar!

Pega em minhas mãos com o compromisso de me libertar

Determinada a me aprisionar, porque somente assim sou livre réu

Dá-me o léu para que adentro de teu véu eu possa me achar

E te proponhas a me amar, posto que em ti até o inferno é céu!

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Reinaldo Ribeiro - O Poeta do Amor

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Reinaldo Ribeiro
Enviado por Reinaldo Ribeiro em 18/01/2010
Reeditado em 05/02/2013
Código do texto: T2036507
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